Licenciamentos de ônibus e caminhões têm queda no primeiro semestre do ano



O total de licenciamentos de ônibus e caminhões registrou queda no período de janeiro a junho se comparado com o primeiro semestre do ano passado. No caso dos caminhões, a redução foi de 12,7%. Neste ano, foram comercializadas 64,6 mil unidades. No primeiro semestre de 2013 foram 74 mil.

A produção de ônibus caiu 11,1%. No primeiro semestre de 2014, foram licenciadas 19,2 mil unidades, contra 21,6 mil do mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte de um balanço da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos), divulgado nesta segunda-feira (7).

O ritmo da indústria nesses segmentos acompanhou o da produção de automóveis, com reduções de 7,6%. Nos primeiros seis meses de 2013, haviam sido comercializadas 1,8 milhão de unidades de automóveis. Neste ano, o número chegou a 1,6 milhão.

Apesar dos resultados negativos, as projeções da entidade para o segundo semestre são mais animadoras para a indústria. Conforme a Anfavea, entre janeiro e junho alguns fatores impactaram o setor, como a demora na regulamentação do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que disponibiliza recursos para financiamento de veículos como ônibus e caminhões. Agora, com o Programa em vigor, além da decisão do governo de manter o IPI reduzido para veículos até o final do ano e com um acordo assinado entre Brasil e Argentina, que pode ampliar as exportações para o país vizinho, os resultados devem ser melhores do que os observados, até agora em 2014.

Contudo, os números ainda devem ficar abaixo dos de 2013, que teve recordes históricos. Os licenciamentos devem cair 5,4% e as exportações 29,1% até o final de 2014 na comparação com o ano passado.

Tributos - A Anfavea também apresentou estudos sobre o peso da carga tributária no preço final dos veículos. Segundo o levantamento, 28% do preço de um automóvel flex com motorização entre 1000cc e 2000cc é composto de impostos.

A previsão da entidade é que, se a redução do IPI não fosse mantida, 162 mil unidades poderiam deixar de ser comercializadas até o final do ano.