Governo anuncia medidas para acelerar escoamento da safra



O governo, por meio dos ministérios da Agricultura, dos Portos e dos Transportes, anunciaram ontem (13/1) medidas para evitar que o escoamento da nova safra seja prejudicado pela falta de infraestrutura e pelas filas de caminhões nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), que são as duas estruturas mais utilizadas para a exportação de grãos no País.

O plano envolve o aperfeiçoamento do sistema de agendamento que, no ano passado, ajudou a reduzir o custo do frete em 7%. Antes manual, o sistema passará a ser totalmente eletrônico. Além disso, o governo prevê o credenciamento de mais um pátio para que os caminhões aguardem autorização até ingressar nos terminais.

A ministra da agricultura, Kátia Abreu, estimou que, em 2014, houve uma economia da ordem de 70% na taxa paga às embarcações pela demora no carregamento.

Cerca de 202 milhões de toneladas de grãos estão previstas para a safra 2014/2015. Somente o complexo soja poderá ser responsável pelo embarque de 64,2 milhões de toneladas de grão e farelo.

Nas unidades portuárias do Norte, o acesso é o principal problema. Algumas vias sequer contam com asfalto, por exemplo, a BR-163. Por este motivo, o governo pretende traçar um plano de soluções paliativas, como o cascalhamento da via e a oferta de tratores para desencalhar caminhões.

O governo deverá também ampliar as áreas disponíveis no porto de Vila do Conde (PA), próximo de Belém (PA), para construção de novos terminais privados.

Também está prevista a utilização de 426 embarcações nas hidrovias Madeira e Tapajós, que compõem o corredor logístico Arco Norte, que o governo acredita ser uma das principais alternativas para reduzir a pressão sobre os portos de Santos e Paranaguá.