Governo atende reivindicações dos caminhoneiros



Em encontro com lideranças dos caminhoneiros, nesta quarta-feira (22), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, apresentou as medidas do governo federal para atender as exigências da classe. Rossetto também fez um balanço das conquistas do setor e garantiu a continuidade do diálogo permanente com os caminhoneiros.
 
“São conquistas importantes que marcam uma nova relação entre o governo federal e o setor de transporte de cargas, em especial, os caminhoneiros. Queremos continuar esta construção de agenda positiva a partir de um diálogo permanente.”
 
Na reunião desta quarta-feira, o governo federal propôs também estabelecer tabela referencial de custo de frete, cumprindo compromisso firmado com os caminhoneiros, em fevereiro. A tabela estabelece parâmetros de referência de preço para a atividade de transporte de cargas.
 
A reunião é a quarta da Mesa de Diálogo do Transporte Rodoviário de Cargas, criada em 25 de fevereiro pelo governo para discutir com os caminhoneiros as pautas da classe.
 
Conheça os pontos aprovados:
 
1. Sanção integral, sem vetos, da Lei dos Caminhoneiros (Lei 13.103/12); 
2. Isenção de pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios; 
3. Aumento do valor da estadia de R$ 1,00 para R$ 1,38 por tonelada/hora, calculada sobre a capacidade total de carga do veículo; 
4. Responsabilidade do embarcador ou destinatário de fornecer documento hábil para comprovação do horário de chegada do caminhão; 
5. Tolerância de peso bruto total de 5% e de peso por eixo de 10%; 
6. Perdão das multas por excesso de peso expedidas nos últimos dois anos; 
7. Responsabilização do embarcador pelos prejuízos decorrentes do excesso de peso e transbordo da carga em excesso; 
8. Regulamentação do exame toxicológico de larga janela de detecção;
9. Regulamentação do tempo de direção, parada e descanso dos motoristas profissionais; 
10. Regulamentação de Autorização Especial de Trânsito para caminhões boiadeiros, para circulação sem limite de horários; 
11. Estabelecimento das condições sanitárias, de segurança e de conforto nos pontos de parada. 
12. Isenção de tarifas do cartão frete que reduzem custos para os caminhoneiros, transferindo o encargo ao responsável pelo pagamento do frete; 
13. Responsabilização e multa para o embarcador pelo tempo de espera a que o caminhoneiro for submetido durante carga e descarga; 
14. Carência de um ano para pagamento das parcelas de financiamento dos programas Procaminhoneiro e Finame do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aprovada na Câmara e aguardando votação no Senado; 
15. Fórum permanente de diálogo coordenado pelo Ministério dos Transportes, com participação da ANTT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e entidades representativas de transportadores, autônomos e embarcadores.