As rodovias são o “escritório” dos profissionais responsáveis por transportar desde os itens mais básicos que chegam às residências brasileiras às maiores riquezas do país que circulam internamente e vão para a exportação. E é nas estradas que muitos desses caminhoneiros vão comemorar o seu dia, fixado em 30 de junho. Nada mal para quem tem paixão pela estrada, pelo volante e vê no seu trabalho a importância de tudo o que acontece no país.
Segundo dados do setor, os caminhoneiros são os responsáveis por transportar, em média, 60% das cargas do país. Basicamente tudo o que chega aos brasileiros chegou graças ao transporte rodoviário de cargas. Isso sem falar no que chega a outros países por intermédio dos caminhões que fazem a carga chegar até os portos do país. Depois do rodoviário, o segundo modal mais utilizado no Brasil é o transporte ferroviário, com 20,7% do movimento das cargas do país. Em seguida, o aquaviário, com 13,6%, o dutoviário, 4,2%, e o aéreo, 0,4%.
Os dados mais recentes mostram que o Brasil tem hoje uma frota com 1,2 milhão de caminhões com idade média de 21 anos no caso dos autônomos e de 8,5 anos no caso das empresas.
De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2011, o transporte rodoviário foi o responsável pela geração de mais da metade da receita do seu grupo de atividades. Em 2011, o setor obteve a maior participação na receita líquida, R$ 149,9 bilhões (52,0%), no número de empresas, 114,1 mil (77,6%), na massa salarial, R$ 25,8 bilhões (51,4%), e na quantidade de pessoal ocupado, 1,5 milhão (65,5%).
Se, por um lado, a alta demanda absorve a mão de obra apta e interessada em trabalhar no ramo, por outro, ela deixa buracos nas contratações. Falta pessoal para ocupar todas as vagas que surgem a cada dia. Segundo dados do setor, há uma carência de aproximadamente 100 mil motoristas profissionais. No ano passado, a atividade, fundamental para o desenvolvimento e competitividade do país, empregou cerca de 2,6 milhões de trabalhadores, o que equivale a 20,5% de toda a força de trabalho empregada no setor de serviços privados não financeiros.
Portanto, além de emprego garantido, o setor também oferece salários atrativos. De acordo com a PAS 2011, as empresas de transporte foram as que pagaram melhor em 2009, na média, dentro do setor de serviços. Pelo segundo ano seguido, os profissionais das empresas que transportam materiais por tubulações foram os mais bem remunerados. As empresas de transporte dutoviário (que levam gás ou óleo por tubulações) pagaram uma média de 18,2 salários mínimos mensalmente, valor bastante acima dos registrados nos demais segmentos de serviços medidos pelo IBGE. O transporte rodoviário de cargas figurou com um salário médio mensal equivalente a 2,2 salários mínimos, acima dos serviços de alojamento e alimentação.
Agência CNT de Notícias