O governo iniciou na última sexta-feira, o monitoramento do fluxo de caminhões destinados ao porto de Santos (SP). O objetivo é fazer a gestão entre a origem da carga e o cais, para evitar a formação de mega congestionamentos, como os de 2013.
O ponto de partida é uma resolução da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) que obriga o embarcador a fazer o agendamento eletrônico prévio do caminhão junto ao terminal de destino. A resolução determina que veículos transportando grãos passem por um pátio regulador localizado antes do porto. Hoje dois pátios privados em Cubatão atuam como “pulmões” para segurar a carga até haver espaço nos terminais. A Codesp credenciará outros dois (Sumaré e Santos).
Segundo o diretor do departamento de informações portuárias da Secretaria de Portos (SEP), Luis Montenegro, a capacidade de recepção dos terminais em Santos é maior do que o volume de caminhões, mas o problema é a chegada desordenada. Por isso o monitoramento se dará em todo o trajeto dos principais corredores de escoamento entre o Centro-Oeste e Santos, com apoio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e das polícias rodoviária federal e estadual.
“Se alguém desavisado saiu sem o agendamento, vamos identificar, orientar e acompanhar até chegar ao terminal. No limite, um veículo que chegar não agendado vai gerar uma sanção ao terminal”, disse Montenegro. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) poderá aplicar multas em caso de descumprimento. Previamente, as sanções serão de R$ 1 mil a R$ 2 mil por veículo que chegar a Santos sem programação. E de R$ 10 mil a R$ 20 mil por veículo que não tiver o registro da ANTT ou que gere problemas às vias do porto e à operação.