O Ministério Público Federal (MPF) está apertando o cerco contra transportadoras que liberam caminhões com excesso de peso nas estradas do Paraná. Somente na região de Londrina, no norte do estado, a procuradoria federal abriu nove ações contra empresas do setor.
Os caminhões de um frigorífico de Rolândia, na região norte, que é especializado em aves recebeu 632 multas por excesso de peso em três anos. Uma fábrica de móveis de Arapongas, também no norte do estado, exagerou na carga e recebeu 214 multas no mesmo período. “A empresa com um número tão alto de infrações adotou essa prática de forma abusiva”, argumenta o procurador federal Luis Antonio Ximenes Cibin.
As ações no Paraná fazem parte de um esforço nacional do Ministério Público. A partir de agora, quando um motorista é multado por excesso de carga, uma cópia do boletim é enviada também para os procuradores que abrem uma ação para cobrar os prejuízos.
Os excessos agora podem pesar no caixa das empresas. Em uma ação contra a fábrica de móveis de Arapongas o MPF pede mais de R$ 1 milhão em indenizações por danos materiais nas rodovias e danos morais pelo risco imposto à sociedade. A Justiça ainda estipulou multa de R$ 10 mil para cada veículo que for encontrado nas estradas com excesso de peso.