Luta da CNTA pelo reconhecimento oficial ganha espaço na mídia nacional



Um dos mais importantes jornalistas da maior revista semanal do País, Ricardo Setti, abriu espaço em seu blog na Veja para criticar a tentativa da CNT de impedir o reconhecimento oficial da CNTA. Confira a matéria na íntegra: 
 
A tradicional Confederação Nacional do Transporte (CNT) – que até hoje tem a peculiaríssima característica de representar, ao mesmo tempo, patrões e prestadores de serviços – está tentando impedir a organização da nova entidade confederativa  dos transportadores rodoviários autônomos, denominada Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA)>
 
Com os documentos para registro  já validados pelo Ministério do Trabalho resta no momento apenas decidir sobre a impugnação feita pela CNT.
 
CNTAO que está em jogo são direitos dos mais de 820 mil caminhoneiros autônomos existentes no país, segundo a Agência Nacional  de Transportes Terrestres (ANTT), que são responsáveis por 50 por cento do transporte  rodoviário  do país e reclamam de fretes baixos, estradas malcuidadas e outros problemas, como a insegurança.
 
Os caminhoneiros que querem ter voz ativa e direta junto aos empresários do setor e às autoridades.
 
Não sei, não, mas quem sabe a situação complicada em que se meteu o presidente da CNT, o ex-senador Clésio Andrade, possa aplainar o caminho dos caminhoneiros.
 
Clésio renunciou no mês passado ao mandato de senador pelo PMDB de Minas por supostas “razões de saúde” — na verdade, quis retirar do Supremo e passar para a Justiça comum de Minas o julgamento de seu envolvimento no escândalo do valerioduto mineiro.
 
O ex-senador reassumiu na na sexta-feira, 19, hoje a presidência da CNT, de onde estava afastado desde abril, pouco depois de prestar depoimento ao Ministério Público, em Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento em desvios de verbas investigados na Operação São Cristóvão, comandada pela Polícia Civil do Distrito Federal.
 
A operação apura desvio de algo como 20 milhões de reais nos ultimos dois anos do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), administrados pela CNT. O grau de suspeita envolvendo Clésio Andrade é tal que a Justiça ordenou — e foi cumprido — mandado de busca e apreensão pela polícia em sua residência em Belo Horizonte.