Jornal GGN - “Tememos que algumas lideranças oportunistas confundam os caminhoneiros”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, pedindo cuidado. “Temos indícios de que falsos líderes estão tentando se legitimar como representantes dos caminhoneiros autônomos, aproveitando-se do desespero da classe e a insatisfação política e econômica da população, para se promoverem ao invés de apresentar propostas concretas para os problemas”, completou em nota.
A Confederação emitiu o comunicado, lembrando que sempre apoiou o movimento, mas buscando soluções, e alertou contra manifestações “sem propostas concretas”, que “nada adiantam”.
Os protestos tiveram início há duas semanas e paralisam rodovias federais. Hoje, já são 24 interdições em vias do Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A última quarta-feira (25) foi o auge dos bloqueios registrados pela Polícia Rodoviária Federal, marcando 129 paralisações.
A categoria ameaça ocupar a Esplanada dos Ministérios com 5 mil caminhões, e estariam se reunindo em postos próximos ao Distrito Federal. A informação da Polícia é que não há nenhum bloqueio nas rodovias que dão acesso ao DF.
A CNTA questiona quem está custeando a movimentação desses caminhoneiros à Brasília. Para percorrer de Porto Alegre até a Esplanada gasta-se em torno de R$ 3,5 mil de combustível para um caminhão, excluindo o custo com pedágio e alimentação. “Com certeza não são os autônomos que irão arcar com este custo, pois já amargam o prejuízo de 11 dias parados”, alertou Bueno.
O presidente da Confederação concordou com a importância de chamar a atenção do poder público e da sociedade para os problemas graves que enfrentam, “mas é preciso agir com coerência”, disse.
Dentre as reinvidicações apoiadas pela CNTA estão a tabela mínima de preços de frete para os caminhoneiros autônomos e a diminuição da carga tributária do óleo diesel. “Tabela de frete é uma regulação de mercado, então cabe a nós entrarmos em um acordo quanto a preços mínimos e exigir das transportadoras o cumprimento”, ressaltou.