Desde a implantação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, em 30 de maio, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) acompanha a situação econômica do País e os possíveis impactos ocasionados pela aplicação da medida. Com subsídios de dados divulgados por órgãos oficiais ligados ao setor produtivo e agrícola, a entidade afirma que não houve impactos negativos para a economia.
O Porto de Santos, por exemplo - considerado o maior do País – registrou recordes históricos no volume de movimentação de cargas nos meses de junho, julho e agosto. As informações foram extraídas por dados divulgados mensalmente pelo próprio Porto.
Em relação aos produtos que interferem no bolso do consumidor, a CNTA também identifica um cenário positivo. Segundo pesquisas mensais do DIEESE sobre o preço da cesta básica, em setembro foi registrado o terceiro mês consecutivo de queda nos preços dos produtos básicos de consumo.
“Podemos ver nestes dados que após quatro meses aplicando o piso mínimo do frete, estamos em um cenário estável. As movimentações de carga estão registrando fluxo crescente e o preço dos produtos básicos para o consumidor apontam queda. Isto porque, a maior parte das empresas pagavam até mais que o valor mínimo, o problema é que não era repassado ao transportador autônomo”, explica o presidente da CNTA, Diumar Bueno.
Para a CNTA, a aplicação da lei traz uma nova perspectiva para o processo de contratação do frete e isso impactará positivamente na economia. “A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas resultará em transparência e regulação na contratação que era feita de forma muito obscura pelos intermediários. A medida dá maior segurança e estabilidade para contratante e contratado”, conclui Diumar Bueno.